Você é o nada que que me pesa às costas
O vazio que faz volume
A ausência que me faz sombra
num dia de sol
O espectro que me imobiliza
A indiferença que incendeia meu estômago
A eloqüência do soslaio convincente
Que grita a negativa no meu peito surdo
A reticência que vaticina
As lacunas do discurso frágil
O avesso do diálogo fluente
O solilóquio febril resignado
O cumprimento civilizado
Das mãos sadicamente delicadas
O silêncio que permeia a dor
A última do pódium
Transfigurada na máscara pertinente
Que me transborda pela retina
E que alimenta o murro ensaiado
Abortado em mim
E nem suspeita
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