domingo, janeiro 10, 2010

Menos é mais

... é, quase um mês sem escrever!
o fim de ano me engoliu em meio a tarefas e compromissos que só me permitiram um pit stop no dia 24 - nem tanto assim porque inventei um "bacalhau carioca" - e dia 31, que resolvi decretar como o dia internacional de cuidados a mim mesma.
Faça chuva ou faça sol - saia ou fique em casa, não importa: é meu dia!
Fico comigo mesma. Repenso. Relembro. Reflito. Assito a mim mesma. Me olho. Me vejo.
O ângulo, a perspectiva, se alteram, sem dúvida.
Depende do humor do dia. Do clima do mês, da atmosfera do ano...
Fico em off. Stand-bay. De molho. Jiboiando! Como dizia uma amiga do colegial - como era o nome dela? Adriana, Andrea... Alessandra! Sim, Alessandra!
Ainda lembro daquele sorrisão nas aulas de química. Era única que sorria nas aulas de química. Ela dizia que gostava de ficar "jiboiando", ou seja fazendo nada pra ninguém. De preferência ao sol. Isso lá pelos idos de 1989. Não sei sei hoje ela ainda faz isso.
Descobri o quanto preciso... Jiboiar!
Ficar quietinha no meu canto, comigo mesma. Ouvindo o silêncio restaurador.
Sem relógios, prazos, metas.
Sem e-mails, torpedos, msn, telefones celulares, fixos, ou faxes... Faxes, faxes...
Só eu, comigo. Descobrir-se a si mesmo e perceber-se como um projeto em construção
- work in progress para os modernos - que precisa de ajustes constantes e portanto entender que é necessário parar de vez em quando. Ir à oficina. Revisão.
Considero isso imprescindível para colecionar menos amargura. Menos frustração porque fica mais fácil admitir as próprias limitações.

Se conhecer. Se permitir. Admitir.
A ... Falibilidade. Ou a humanidade de si.

Depor as armas. Encostar a armadura. Armistício.
Deitar na rede. Respirar fundo.
Sentir o cansaço. Saindo. O alívio, envolvendo a alma.
Deixar-se ser.
O mais simples que se puder. Só. Ser.
O menos é mais.